Dá-me uma pinguinha de água
Dessa que eu ouço correr,
Hoje ouvi cantar,
E senti mágoa
Pensei quantas vezes
A ouvi da tua bela vós
Como ele me dizia
Para espairecer
Um pouco todos nós,,
Meu irmão!
Quero recordar o tempo
Das visitas
Que eram feitas,
Fosse em Sintra
Ou no Alentejo ,
Cantavas bem ao teu modo
Esquecendo tuas maleitas
Eu chegava e cantavas logo!!,
Era assim que fazias
Para que triste eu não estivesse
Mesmo de lágrimas nos olhos
Um sorriso,que aparece
Desviavas teu olhar
Mas meu irmão,tenho saudade de ti
A minha mente não esquece,
O quanto tu sofrias
Sem que ninguém soubesse
Se eu pudesse falar contigo
Tanta coisa te diria,
Fizeste o lugar de pai
Quando o nosso pai para
O outro mundo partia
Mas eu não te compreendia
Como podias ser tão austero, ( achava eu)
Hoje tanto me lembro,
Dessa responsabilidade, como mais velho
Era a ti que te cabia
Tinhas dezassete anos meu irmão
Nossa mãe com seis filhos para criar
Sem saber por onde se virar
Mas todos juntos te demos a mão
E te soubemos respeitar,
Que no céu tenhas a paz e o silêncio
Para meus pensamentos escutar
Obrigado meu mano velho, meu irmão
Até ao dia que Deus nos volte a juntar
Joana R.Rodrigues 31/03/2016
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