Secaram os meus olhos,
Eram como rios correndo
Eram lágrimas caídas ao chão,
Hoje não choram os meus olhos,
Mas chora o coração,
A vida me foi madrasta ,
Nem todas o são
O nome é quanto basta ,
Mas para algumas peço perdão,
Quem nasceu num céu pouco estrelado
,E estrelas não via
Era um tempo de inverno
Em que o mau tempo se fez sentir
A parteira minha avó,
Que não aparecia,
Minha mãe que de dores gemia,
Até ao momento de eu sair
Já pensava que eu numa
Estrelinha me tornaria,
Mas foi sempre uma grande mulher,
Até na hora de parir,
Não me tornei uma estrelinha ,
Pena não o ter sido
Hoje não olharia tanto
Para os céus ,procurando
Aquela estrelinha,que eu perdi,
Sou eu que quero ver brilhar,
Aquela estrelinha,e num olhar
Vago e meio perdido,
Eu me vejo a olhar para o céu
A quem eu chamo meu olhar sentido
JOANA R.RODRIGUES 09/10/2016
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