sexta-feira, 12 de outubro de 2018

MEU SONETO PARA FLORBELA


Um dia acordei de um sonho
Em que era uma poetiza ,
Não me assustei,não era medonho
Só pensei,será que se realiza?


Vivi sonhando, anos seguidos
Pois sempre adorei a poesia,
Não dou por tempos perdidos
Os manuscritos que escrevia,


Um dia ouvi alguém declamar
 E de Florbela Espanca,ouvir falar
Fiquei completamente rendida,


Hoje e sempre lhe presto homenagem
Só lamento a poetisa, ter a coragem,
De tão jovem,ter posto fim à sua vida,

Joana Rodrigues 12/10/2018



Versos

Versos! Versos! Sei lá o que são versos... 
Pedaços de sorriso, branca espuma, 
Gargalhadas de luz, cantos dispersos, 
Ou pétalas que caem uma a uma... 

Versos!... Sei lá! Um verso é o teu olhar, 
Um verso é o teu sorriso e os de Dante 
Eram o teu amor a soluçar 
Aos pés da sua estremecida amante! 

Meus versos!... Sei eu lá também que são... 
Sei lá! Sei lá!... Meu pobre coração 
Partido em mil pedaços são talvez... 

Versos! Versos! Sei lá o que são versos... 
Meus soluços de dor que andam dispersos 
Por este grande amor em que não crês... 

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas" 

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