Fechei-me
na minha concha
para melhor meditar
e para que nada faltasse
e para me acompanhar,
levei comigo
uma garrafa de poncha
eu nem quero acreditar,
o que aquela
garrafa fez meditar
fechada naquela concha,
passaram tantas horas
que adormeci
depois de meditar
com a poncha me baptizei
nem queria acreditar
em tudo o que sonhei,
eu tinha seguido
para o mar
e estava tão enjoada
não sei se foi de meditar
ou daquela
poncha sagrada,
sonhei
que tinha tonturas
razões para isso não tinha
não bebi a poncha toda
ainda deixei uma pinguinha
saí da concha a coxear
não sei o que se estava a passar
sei que não era costume,
a concha não me quis levar
disse que vinha um avião no ar
eu quis aproveitar
aquilo que vi a voar,
era um vaga-lume,nem quis meditar
nas costas do vaga-lume
pus-me logo a andar
JOANA R.rODRIGUES 10/02/2017
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