DESTINOS

Era obra do destino eu sabia
Aquele malvado destino me desafiou
O destino acabou com minha alegria !
Senti que o mundo em mim desabou!



Não acreditava no destino
Achei que quem o fazia era eu
Trabalhei num desatino
Mas um dia o destino se apercebeu
Foi-me tirando o que era meu,
E eu senti-me tão pequenino
Que o destino para mim morreu
Tanta dor e sofrimento eu teria,
Que a vida em mim escureceu
Era obra do destino eu sabia!



Com o destino ninguém brinca
E eu sempre o respeitava,
Mas não há ninguém que não sinta
Quando vemos entrar em nossa casa,
A dor, a raiva, a impotência de não salvar
Quem aos poucos vemos definhar,
Quando o sofrimento está em causa
 Vemos sofrer a quem tanto se amou
E tanta felicidade havia, tu partiste,
Aquele malvado destino me desafiou


Não passa assim quando se quer
Fica aquela raiva contra o destino
Levou-me um ser tão pequenino
Aquela linda menina quase mulher
Eu, se o destino por mim fosse feito
Eu daria um jeito,trocaria meu lugar,
Ficava a menina,levava a mãe mulher
No meu  rosto que tanta lágrima corria
Aquele porto de abrigo que tanto amei
O destino acabou com a minha alegria





Tinha no pai o meu grande porto de abrigo
Aquele ombro que me amparava,
Aquele amor que chorava comigo
Aos poucos também definhava , e partiu!
Meu destino ,que destino este que eu não fiz
Aquele que nós nunca sonhamos ,
Destino que por algum tempo ainda fui feliz
Talvez porque tanto ,nossa família se amou
Este destino que nenhum de nós quis ,
 Senti   que o mundo em mim desabou !!


JOANA R.RODRIGUES 10/02/2017