Não digas nada ouve-me apenas
Meu relógio de parede,
Estás cansado, e não me acenas
Tu és de corda ,não tens bateria ou rede,
Foste trocado pelas modernices
Já em ti, não reparam na paragem
Passam por ti nem olharam
Ver-te parado sem corda, e sem coragem
Gosto de ouvir o teu -tic -tac
Porque me recordas
Quem nunca te queria parado,
E sempre rodava,
A chave, nas tuas cordas.
A chave, nas tuas cordas.
Quem recordamos partiu
Na sua ultima viagem
E tu relógio estás cansado
Eu olho para ti já sem brio
Nem tu nem eu temos coragem.
Meu relógio de parede está triste
E seus tic-tac são mais suaves
Quem dele tratava já não existe
Mas tens, como eu, muitas saudades,
Joana R.Rodrigues 30/09/2015
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