Passei à tua rua, por certo para te ver
Naquela passagem já nua,
Nem paredes havia para te escrever
A calçada eram buracos,
Já nada, era como foi, havia só solidão
A tristeza era muita, já não havia gente junta
Os idosos tristes e sós,
Sem ninguém lhes chamar de avós
Era uma tristeza infinda,,
Quando terminar esta gente
E o que vejo daqui para a frente,
Já não existe o nós, os avós partiram
Outras vidas os filhos seguiram
Sua terra abandonaram,
já não há searas nem trigo
Suas casas já não são abrigo
Numa delas eu vivi contigo,,
E a nossa aldeia, já não existe
Apenas vivem os sem abrigo
Debaixo de uma caixa de cartão
Que nos corta o ❤ coração
JOANA R. RODRIGUES,
24/05/2022/( País Portugal) FOTO GOOGLE
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