segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

AI ALENTEJO ,

  
Saí um dia sem saber
O destino que me aguardava
Para uma terra, sem conhecer
E aquela,  onde nasci eu deixava
Trabalhar, tinha que ser,


Era a vida do pobre, assim marcada
Para outro lugar estava destinada
Era o destino ,não o meu desejo
E minha terra ,eu assim deixava
AI ! ALENTEJO !ALENTEJO


Parti sem querer partir
Deixei, meu mundo de menina
Mas foi  ali, que eu cresci,
Brincava, com o minério
Extraído daquela Mina


E ainda, hoje me lembro
Da minha aldeia, era pequenina,
Mas mesmo em sonhos te vejo
Mando te, daqui um beijo,
  AI  ALENTEJO,ALENTEJO


Tantos anos se passaram
E, continuas, em mim vivendo
Nossos destinos, nos separaram
Outras vidas se cruzaram
Mas eu te quero sempre, querendo,


Amar-te como eu te amo, longe de ti,
lágrimas ,saltam, ao lembrar-me o que vivi,
Para te visitar, eu vou atravessar o Tejo
Para te poder abraçar, e dar-te um beijo
AI ALENTEJO ,ALENTEJO


Mas na hora da despedida
Meu coração, não sabe se volta
Mesmo sendo,  terra empobrecida
Por muitos até, já foi esquecida,


Nunca nossas raízes esquecemos
E todos pensamos, já no fim da vida
Queremos antes da nossa partida, ver,
A nossa terra, que nos é tão querida
 Minas do Lousal eu deixo um beijo,
   AI!  ALENTEJO  ! ALENTEJO

JOANA RODRIGUES 
 Portugal Outubro 2021
Foto google 
                                                  Grândola 





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